caio negro

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CAIO NEGRO NO PALCO GRUPO NOSSA CARA PRETA

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segunda-feira, 27 de junho de 2011

musica coisa de negro - em itapetininga

FOI NA NOITE DE 24 DE JUNHO DE 2011 EM ITAPETININGA O GRUPO NOSSA CARA PRETA  SE APRESENTOU EM ITAPETININGA COM OS MCs MÁRCIO BROWN E O SPOK E COM O DJ SUBRINHO , NO LANÇAMENTO DO DVD DO GRUPO CONTEM GLUTEN...
UM POUCO DO GRUPO NA MUSICA COISA DE NEGRO...












Depois de 23 anos como MC, rapper Criolo brilha no primeiro disco de canções

Há algo de novo e muito, muito  bom no hip hop nacional. Provavelmente, desde Marcelo D2 e seu À Procura da Batida Perfeita (2003), um rapper brasileiro não gravava um disco com músicas tão classe A, variadas ritmicamente e bem produzidas como o paulista Criolo (nome artístico de Kleber Gomes), 35 anos, em Nó na Orelha, lançamento independente em CD e vinil.

O cantor e compositor paulista Criolo lança o álbum Nó na Orelha, em CD e vinil
A primeira música, Bogotá, já prende o ouvinte pela letra sagaz, sobre o perigo de se aceitar convite para traficar drogas na rota Brasil-Colômbia. E, principalmente, pela levada afrobeat do arranjo de Daniel Ganjaman, incluindo metais contagiantes, com destaque para o sax tenor de Thiago França e os vocais de apoio Juçara Marçal e Verônica Ferriani.
O refrão, que faz referência a Vou-me Embora pra Pasárgada, famoso poema de Manuel Bandeira (1886-1968),  gruda na cabeça e impulsiona o corpo a dançar: “Vamos embora para Bogotá/ Muambar/ Muambei/ Vamos cruzar Transamazônica/ Pra levar pra freguês/ Vai ser melhor do que em Parságada/ Agradar até o rei”.
Embora o hip hop apareça, em menor ou mais intensidades em faixas como Subirusdoistiozin, Sucrilhos e Lion Man, um desavisado pode atépensar que Nó na Orelha não é um disco de rap, já que a maioria do repertório investe no gênero canção. Ou seja, na combinação de letra, melodia e harmonia.
Criolo não tem dúvidas, é claro. “Tem canções e vários ritmos, mas é um disco de atitude rap. Essa atitude sempre vai existir, às vezes apenas na letra de uma canção, mas vai estar lá”, diz, por telefone, com a autoridade de quem está no movimento hip hop desde os 11 anos.
“Já tem uns nove ou 10 anos que componho canções. Minha mãe cantava em casa e tive o privilégio de meus pais, cearenses com orgulho, comprarem muitos discos. Cresci ouvindo e gostando de fado, seresta, embolado, sambas, canções populares”, explica o rapper nascido em Santo Amaro e criado no Grajaú, onde ainda mora.
Filho de um metalúrgico e de uma mulher simples que foi à luta e se formou em Filosofia, Criolo abandonou as faculdades de Artes e Pedagogia, e trabalhou como vendedor  de vários produtos  - Lojas Americanas, calçados, roupas, etc - , enquanto mantinha a fé no hip hop.
Contudo, diante das dificuldades e mesmo já tendo lançado um disco de rap (que não aconteceu), quase que Criolo não grava Nó na Orelha. Ele já cogitava encerrar a carreira de MC.
Com apoio do centro Matilha Cultural, que viabilizou a produção do disco, o rapper conheceu os produtores Daniel Ganjaman (ex-Planet Hemp e integrante do Instituto) e Marcelo Cabral, que o aproximaram de uma nova turma. Canções de Criolo estarão nos próximos álbuns do produtor Gui Amabis, do projeto 3 na Massa e da baiana Marcia Castro.
Ex-Doido  
Intérprete competente e compositor sensível, como provam composições como a balada soul Não Existe Amor em SP e o samba Linha de Frente (que lembra um pouco Tristeza, Pé no Chão, clássico do repertório de Clara Nunes, de 1973), o artista era conhecido no cenário alternativo do rap como Criolo Doido. Simplificou para Criolo.
“Era muita pretensão me chamar Criolo Doido. Ainda não sou doido o suficiente para merecer um nome artístico assim. Ainda tenho muito o que aprender como cantor e compositor”, afirma modestamente.
Humildade e canja de galinha não fazem mal a ninguém, mas o certo é que um músico que compõe algo tão belo como Não Existe Amor em SP, é talentoso, sim, e merece que um grande número de pessoas conheça sua arte.
Além do arranjo neosoul caprichado, a letra é 10: “Não existe amor em SP/ Um labirinto místico/ Onde os grafites gritam/ Não dá pra descrever/ Numa linda frase/ De um postal tão doce/ Cuidado com doce/ São Paulo é um buquê/ Buquês são flores mortas/ Num lindo arranjo/ Arranjo lindo feito pra você/ Não existe amor em SP/ Os bares estão cheios de almas tão vazias/ A ganância vibra, a vaidade excita/ Devolva minha vida e morra afogada em seu próprio mar de fel/ Aqui ninguém vai pro céu/ Não precisa morrer pra ver Deus...”, diz um trecho.
Bahia  
Apesar do olhar pessimista (ou realista?) sobre sua cidade, coisa que muito paulistano compartilha, o compositor afirma que, dependendo do dia, pode existir amor em SP. A canção é um recorte de uma determinada situação.
Criador da Rinha dos MC’s, evento periódico onde os mestres de cerimônias se enfrentam rimando de improviso, e atuando também como educador em ONGs, o rapper sonha em fazer shows bem produzidos pelo Brasil.
Em Salvador, então, nem se fala: “A minha vontade de cantar na Bahia é uma coisa louca. Não apenas cantar, mas, humildemente, também conhecer os músicos baianos. A Bahia tem talentos musicais demais”. Seja bem-vindo, Criolo.



sexta-feira, 24 de junho de 2011

UM POUCO MAIS DE PROJOTA

José Tiago Sabino Pereira, mais conhecido pelo nome artístico Projota (São Paulo, 11 de Abril de 1986) é um rapper, cantor e produtor musical brasileiro. Projota começou a ganhar notoriedade nas batalhas de Mc's, onde venceu quatro vezes a batalha da Santa Cruz e três vezes a Rinha dos Mc's. Como produtor musical Projota produz em geral para seus trabalhos e para amigos.
Em sua estréia Projota lançou um EP intitulado de Carta Aos Meus em 2009, seu segundo trabalho foi a mixtape Projeção lançada em 2010, o seu terceiro trabalho foi o segundo EP de sua carreira Projeção pra Elas lançado em 2011.

Biografia

Adolescência

Projota tornou-se autodidata em aulas de violão aos 12 anos. Foi influenciado pelo rock que seus irmãos mais velhos ouviam, pela música romântica e MPB de sua mãe e pelo sertanejo trazido pelo seu pai. Além disto, recebeu forte influência do samba, que era predominante onde cresceu. Seu primeiro nome artístico foi JT, mas como existiam muitos com tal pseudônimo, resolveu mudar para Projota. O nome Projota é a junção de "pro" = profissionalismo e "Jota", inicial do seu primeiro nome.
Projota entrou definitivamente na cena do rap brasileiro aos 16 anos, quando assistiu ao videoclipe da música "Só Deus Pode me Julgar", do rapper carioca MV Bill. Durante sua adolescência, Projota fez parte de dois grupos de pouca expressão. Um deles, "O Dom da Rima" era formado junto com seu amigo Rashid, onde Projota era conhecido por "Jotatê" e Rashid por "Moska".

Carreira musical

Em 2006, Projota ingressou pela primeira vez em uma batalha de MC. Conseguiu vencer por quatro vezes a Batalha do Santa Cruz, três a Rinha dos MC's e chegou a final da Liga dos MC's de 2007, o evento mais tradicional do estilo no país.
Paralelamente a carreira de duelador, Projota trabalhava com A.G. Soares, do Pentágono, um consagrado produtor musical. O rapper fez uma participação no documentário Freestyle: Um Estilo de Vida, onde deu uma entrevista. Entre as principais músicas gravadas por Projota entre 2006 e 2008 estão "O Poeta", "Ela" e "Avoadão".
No ano de 2008, Projota lançou a música e o videoclipe de "Acabou", que rapidamente adquiriu alta popularidade no YouTube alcançando número superior a 400.000 visualizações em dois anos.
Em 2008, ele iniciou a gravação das músicas do seu primeiro EP, que foi lançado em novembro de 2009 sob o título Carta aos Meus. As faixas destacadas do disco são "Rato de quermesse", "O rap em ação" e "Véia", esta última onde ele faz uma referência a sua mãe, que faleceu quando o mesmo tinha 9 anos de idade. Foi feito sem a participação de outro rapper, mas com algumas faixas produzidas por A.G. Soares e DJ Caíque e pelo próprio Projota.
No início de 2010, em parceria com DJ Caíque, Projota lançou na internet um novo som, chamado "Pelo Amor", que alcançou o primeiro lugar no MySpace Brasil. Em setembro de 2010, foi terminado o processo de gravação da sua mixtape, intitulada Projeção. Com 19 faixas, ela traz algumas das músicas de "Carta aos Meus", outras faixas já conhecidas e inéditas. Entre as inéditas, se destacam: "Projeção", "Samurai" e "Chuva de Novembro".
Com o lançamento do web vídeo "Muleque Doido" no final de 2010, Projota anunciou para o início de 2011 o lançamento de um novo EP, chamado Projeção pra Elas, com faixas românticas. "Muleque Doido" atingiu o topo dos trending topics do twitter brasileiro.Projeção pra Elas foi lançado em 10 de fevereiro de 2011, com nove (9) faixas, entre inéditas e conhecidas como "Guerreira" e a já citada "Muleque Doido".

 Discografia

     

    CHIC SHOW


    A grande equipe e família Chic Show...fez história em São Paulo com seus grandes bailes e produções. No comando do Luizão, fizeram grandes festas no Palmeiras...trazendo celebridades Nacionais e Internacionais no mundo Black, como:
    - Zapp, Jimmy Bo´Horne, Carlos da Fé, Jorge Ben, Tim Maia ...entre outros.

    Os caras foram os maiores estrategistas de festa black. Lançavam músicas que ficavam meses sem ninguém saber quem cantava e nós que comprávamos disco viviamos sempre a procura daquela música. Faziam bailes sumultâneos nos quatro cantos da cidade...além do interior.
    Quando lancaram o programa Black in Love na Bandeirantes Fm em 1986.... já a mais de 20 anos atrás, fizeram o maior sucesso e ainda faz muita gente sentir muita saudade. Já pensou se voltasse ?
    Em 1988 a Chic Show, em seu programa Balanço Geral fez novamente história....rolando grandes musicais e balançando a galera via Nine Six Point One (96.1 band FM).
    É já se passaram 20 anos... até hoje algumas musicas são dificeis de encontrar. As equipes faziam uma disputa acirradíssima para garantirem os lançamentos.
    Para relembrar...uma chamada do programa..com o Luizão Chic Show.
    Link: Chic Show Balanço Geral




    quarta-feira, 22 de junho de 2011

    A CAPOEIRA NO BRASIL

    Ao abordarmos a historia da prática da capoeira no Brasil, devemos antes de tudo resgatar a história da escravidão no Brasil do século XVI, XVII, XVIII e XIX, quatrocentos anos de horrores e serviços forçados, para alimentar uma elite rica e gananciosa que vivia para o acúmulo de capitais.
    Nesses quatrocentos anos as pessoas viveram o nascimento, crescimento e expansão do Capitalismo. O Pré-capitalismo, uma das primeiras fases da formação do capitalismo, também conhecido como Mercantilismo, prática econômica baseada na compra e venda de produtos, visando um maior acúmulo de capitais e ter uma balança de comercio favorável, ou seja, vender mais que comprar, aumentava a riqueza da burguesia, a burguesia atraves dos impostos aumentava a riqueza da nobreza e do Rei. Era o nascimento das Monarquias Nacionais do fortalecimento do poder central nas mãos do Rei.
    Com as Monarquias Nacionais as leis são unificadas, a moeda é unificada, pesos e medidas são unificados, todos os tribunais são submetidos a autoridade do Rei, dessa forma o comércio pode se expandir e crescer.
    Quanto mais o comércio crescia, mais se investia em conhecimento e ciencia dando origem a expansão marítima e consequentemente a descoberta da América.
    Logo os europeus perceberam que estavam na vanguarda de muitos conhecimentos em relação a outros povos do planeta. Com esses conhecimentos e sua habilidade guerreira, experiência adquirida em séculos de Cruzadas com os povos mulçumanos, o europeu passa a diversificar a prática mercantilista estimulando o Colonialismo e é essa pratica econômica que nos leva a escravidão.
    O que era o Colonialismo ? Simples. Baseava-se na prática de se obter matérias primas a troco de nada, transforma-las em manufaturas ou seja, mercadorias e vende-las bem caro na Europa, foi assim que a “mazela” de diversos povos começaram, pois, não foi só o Negro que foi escravizado, mais o silvícola americano, os asiáticos e diversos outros povos passaram (e ainda passam, por incrivel que pareça !) por essa horrivel experiência... As colônias perteciam aos Reis e suas terras não eram distribuídas e sim arrendadas o que diminuia muito a possibilidade de qualquer plebeu ser dono de terras nos novos mundos. E quem, em perfeito juízo, deixaria seu país, sua terra, para ser servo na América, Africa ou Asia ? Então, os brancos que por ventura apareciam por aqui, eram grandes senhores de terra ou eram degredados, fugitivos, condenados pela inquisição que fugiam da perseguição religiosa em seus países, eram cristãos novos, judeus recem convertido que a igreja muito rígida na epóca vivia a perseguir, muitos migravam por não ter mais nada a perder.
    No caso do Brasil os portugueses precisavam cocretizar sua efetiva colonização, pois, ingleses e franceses viviam a contrabandear as riquezas do Brasil, o que na cabeça do Rei de Portugal era uma ofensa gravissíma, afinal, ele acreditava que as terras do Brasil eram dele o que configurava em roubo contrabandear tais riquezas.
    A colonização efetiva do Brasil começa trinta anos depois de sua “descoberta” em 1500 por Pedro Alvarez Cabral, hoje motivo de certa controvérsia, pois, existem teorias que comprovam a estadia do navegador Duarte Pacheco em terras brasileiras no ano de 1498, mas isso é uma outra história.
    Após o iniciar o processo de colonização, os portugueses passaram a explorar nossas riquezas e criar outras, o caso da cana de açúcar, dentro desse processo, podemos dizer que passamos por três ciclos econômicos diferentes:
    Ciclo do Pau-Brasil :
    Consistia puramente em cortar e armazenar a madeira e levá-la para Europa, onde era usada de várias formas. Porém, nesse primeiro Ciclo não precisou de trabalho escravo, já que os silvícolas americanos, faziam esse trabalho por algumas quinquilharias como, contas, pedrinhas de vidro, espelhinhos, faca...
    Ciclo da Cana de Açúcar:
    Aqui começa a história das senzalas, da escravidão e da capoeira, quando chegam os primeiros negros para serem usados no trabalho escravo. O Negro chegou para substituir o americano o “Negro da Terra”. Para a Coroa de Portugal era difícil controlar o aprisionamento e a venda do Americano, pior, o americano conhecia a região podia fugir para mata com facilidade, já o Negro era mais fácil de controlar. O comércio era feito de continente para continente de um país distante do outro lado do mar a Africa. Ao entrar nas colõnias os escravos negros eram contados e contabilizados, dessa forma o Rei podia fiscalizar muito melhor o tráfico. Este por sua vez se tornava bem mais rentoso que o o tráfico do americano.
    O escravo negro não conhecia a terra e nem os dialetos falados aqui, a região, o clima, animais, plantas, nada disso ele conhecia, separado da família e dos amigos, o Negro tinha um só direitro, trabalhar, trabalhar e apanhar...Nesse ambiente nasce o espirito de camaradagem entre os escravos de várias culturas diferentes e é dessa forma, dessa mistura de culturas africanas nasce a capoeira, nasceu brinquedo, dança, jogo. Ajudava aos escravos matar a saudade da terra atraves da música, do batuque e das histórias contadas nas rodas era um momento de alegria, um dos poucos...
    Ciclo da Mineração:
    O ciclo do ouro trás várias mudanças na sociedade colonial, como o ouro era uma riqueza de fácil acesso, requer só uma batéia (teoricamente), era fácil encontrar homem livre e ate mesmo escravo que enriquecia com a descoberta do ouro.
    Nessa época houve uma mudança significativa na vida social da colônia, nasce uma classe média que crescia conforme crescia, a exploração do ouro, afinal os mineiros precisavam comer, beber, dormir, morar, ou seja a extração do ouro possibilitou o nascimento de uma classe social que sze sustentava prestando serviços aos mineradores de então.
    Neste contexto urbano nasce uma nova capoeira que agora sai das senzalas e chega as ruas, as praças e aos largos das principais Capitanias da Colônia, pela primeira vez, encontramos uma classe média atuante na Colônia. O ouro gerou uma riqueza muito grande que foi utilizada na urbanização das cidades, estas atraia todo tipo de gente, aumentando muito a diversidade cultural o que contribuiu para a expansão da capoeira.
    Aprendia-se a capoeira jogando e observando as rodas nas festas religiosas das praças, ainda não era vista como prática criminosa, porém era vista como jogo de negros, o que a tornova extramente marginalizada pela sociedade branca das cidades.
    I REINADO
    No Primeiro Reinado a capoeira já era proibida, mas ainda não fazia parte do código penal, porém era reprimida e punida com chicotadas e trabalhos forçados era praticada por negros escravos, livres, mulatos, mamelucos, brancos e estrangeiros.
    Nas cidades a pratica da capoeira era controlada pelas Maltas que se espalhavam por todas as grandes cidades e eram divididas pelos bairros, esses eram controlados por maltas de capoeiristas rivais. Na verdade isso é fácil de entender, em um país onde a maioria era negra, controlados por uma minoria branca, claro que teremos uma parte enorme da sociedade que vai viver a margem da mesma, levando a formação das maltas que seriam a organização dos excluídos pelo sistema da época. Durante todo I Reinado não houve nenhuma lei que trata-se dos negros com dignidade, pelo contrário, as leis so favoreciam a Elite “pensante” da epoca.
    II REINADO
    No segundo reinado por pressões inglesas, o Governo brasileiro começou a criar algumas leis em prol do negro, porém algumas beneficiaram muito mais aos Srs do que aos próprios negros, leis como:
    Lei do Ventre-livre, essa é muito boa! A partir da promulgação desta lei todo o escravo nasceria livre, mas, teria que ficar na fazenda do seu Sr. Até ser de maior e poder viver sua vida, enquanto esperava a sua maioridade trabalhava para o Sr., sem ganhar nada é claro...
    Lei do sexagenário, também muito boa! Após os sessenta anos todo escravo era livre. Imagine que um escravo tinha uma média de vida de 25 a 30 anos, chegar aos sessenta era um mérito! Porém, essa lei vai beneficiar muito mais aos Srs, aos sessenta o escravo já esta velho e cansado para não ter que alimenta-lo sem que ele trabalhasse era só recorrer a essa lei e pronto, lá estava o Sr. Livre do escravo.
    Lei Aurea 13/05/1888. Concordo, libertou finalmente os escravos, mas sem política pública nenhuma o que manteve o negro a margem de nossa sociedade.
    Enquanto esses eventos políticos aconteciam a capoeira crescia, evoluia, tornava-se arma das pessoas que viviam nas ruas, não era só o negro praticante da capoeira, como já escrevi, o praticante era, mulato, mameluco, negro, branco, todos essas raças contribuiram para moldar a capoeira moderna de hoje.
    A partir da segunda metade do sec. XIX o berimbau passa a figurar nas rodas de capoeira. Até então as rodas eram marcadas pelo ritmo do atabaque, pandeiro e outros instrumentos de percurssão, com a entrada do berimbau começamos a ver surgir a capoeira moderna de Pastinha e Bimba.
    As Cidades do Rio de Janeiro, Salvador e São Luís, eram os maiores focos da prática da capoeira urbana, onde havia concentração de pessoas, lá estava a capoeira. Nessa epoca ela ainda não era ensinada em academias e se aprendia a capoeira jogando a capoeira, nas ruas no dia à dia, observando os outros a jogar, era essa a única maneira de se aprender a tão temida capoeira.
    REPÚBLICA
    Em 1892 a capoeira passa a fazer parte do código penal artigo 402, até então ela já era proibida, porém só a partir dessa data que ela passa a fazer parte do código penal. A pessoa que fosse pega jogando a capoeira era preso e mandado para a Ilha de Fernando de Noronha para fazer trabalhos forçados durante 4 à 6 meses.
    Só no primeiro ano de vigência da lei o Chefe de Polícia do Rio de Janiero, Sampaio Ferraz mandou para Fernando Noronha cerca de 400 capoeiristas, sendo que desses 400, 65% foram considerados brancos, 20% estrangeiros e apenas 15% de negros, como se vê ela já era muito utilizada por diversas raças diferentes, pois não impotava a raça em si e sim a situação soçial da pessoa, pobre e marginalizado era capoeirista na certa ! Porém isso não impediu que muitos homens ricos praticassem a capoeira, sendo que a maioria desses homens eram boêmios, da noite, conheciam a malandragem popular e sabiam usa-la a seu favor quando precisavam.
    A partir da década de 1920, passa a surgir um sentimento nacionalista nas artes, política e cultura do Brasil, era a Semana da Arte Moderna de 1922, que sacudiu o Brasil com seu resgate a cultura genuinamente Nacional, surge então com força total a capoeira, agora como Ginástica Nacional Brasileira, idealizado por Burlamarqui, mestre Zuma, que em 1928, formou o primeiro manual da capoeira sem mestre, método didático, onde o leitor atraves do livro tinha conhecimento da capoeira como jogo, como luta.
    Nessa epoca mestre Bimba e mestre Pastinha já são famosos como Mestres bahianos em 1923, mestre Bimba, cria a capoeira regional da Bahia, uma ramificação da capoeira de Angola, que até então era chamada, apenas de capoeira e só, quando mestre Bimba colocou o nome Regional, Pastinha então chamou a dele de Angola, para diferenciar uma da outra, conhecida nos meios da capoeira como a capoeira Mãe, pois, mestre Bimba, tentando transformar a capoeira mais objetiva para a luta acrescentou vários golpes de outras artes marciais na capoeira de Angola o que prova que a capoeira continuava a evoluir e acompanhar o seu tempo.
    Em 1933, após uma apresentação de mestre Bimba e seus alunos para o então interventor da Bahia a capoeira é finalmente liberada, deixando de fazer parte do código penal e dando início a uma nova era para a capoeira no Brasil.
    Em 1950 o mesmo mestre Bimba faz outra apresentação, dessa vez para o próprio Getúlio Vargas, o que faz a capoeira bahiana ainda mais famosa.
    A partir de Bimba e Pastinha a capoeira passa a ser ensinada nas academias, com metodologia propria e qualquer uma pessoa passa a ter acesso a capoeira.
    Nas décadas de 1960, 70, 80 e 90, a capoeira se torna uma profissão, uma realidade para muitos Mestres e Professores brasileiros que passam a ensinar hoje em grandes grupos dentro e fora do Brasil..
    MESTRE PASTINHA

    Vicente Joaquim Ferreira Pastinha (Salvador, 5 de abril de 1889 — Salvador, 13 de novembro de 1981), foi um dos principais mestres de Capoeira da história.
    Mais conhecido por Mestre Pastinha, nascido em 1889 dizia não ter aprendido a Capoeira em escola, mas "com a sorte". Afinal, foi o destino o responsável pela iniciação do pequeno Pastinha no jogo, ainda garoto. Em depoimento prestado no ano de 1967, no 'Museu da Imagem e do Som', Mestre Pastinha relatou a história da sua vida: "Quando eu tinha uns dez anos - eu era franzininho - um outro menino mais taludo do que eu tornou-se meu rival. Era só eu sair para a rua - ir na venda fazer compra, por exemplo - e a gente se pegava em briga. Só sei que acabava apanhando dele, sempre. Então eu ia chorar escondido de vergonha e de tristeza." A vida iria dar ao moleque Pastinha a oportunidade de um aprendizado que marcaria todos os anos da sua longa existência

    MESTRE BIMBA

    Manoel dos Reis Machado, também conhecido como Mestre Bimba (Salvador, 23 de Novembro de 1900 - Goiânia, 05 de Fevereiro de 1974), foi criador da Luta Regional Baiana, mais tarde chamada de capoeira regional.
    Ao perceber que a capoeira estava perdendo seu valor cultural e enfraquecendo enquanto luta, Mestre Bimba misturou elementos da Capoeira Tradicional com o batuque (luta do Nordeste Brasileiro extinta com o passar do tempo) criando assim um novo estilo de luta com praticidade na vida, com movimentos mais rápidos e acompanhada de música. Assim conquistou todas as classes da sociedade. Foi um eximio lutador e acima de tudo um grande educador, foi o responsavel por tirar a capoeira da marginalidade. Praticantes dessa arte se denominam "capoeira", pois, para eles, a capoeira é um estilo de vida - ser, pensar, agir como um capoeira.

    No dia 15 de julho de 2008, a Capoeira foi reconhecida como Patrimônio Cultural Brasileiro e registrada como Bem de Natureza Imaterial, confirmando sua importância como manifestação artística e cultural.

    segunda-feira, 20 de junho de 2011

    Dexter é um homem livre.

     
    Depois de 13 anos exilado dentro do sistema carcerário, finalmente Marcos Omena, 37, o rapper Dexter, ex-integrante do grupo 509-E, ganha a liberdade plena. Dexter recebeu a noticia às 14h, do dia 20 de abril de 2011, quando se preparava para viajar para a Bahia a trabalho.
    Na chegada ao aeroporto de Salvador logo a noticia, “Pó irmão to feliz ao extremo, acabei de ganhar a minha liberdade plena”, revelou Dexter.
    A comemoração de sua liberdade começa no mesmo dia a noite com uma visita ao Sarau Bem Black, no Pelourinho, a convite do rapper GOG e por intermediação de Hamilton Borges e Dj Branco. Andando nas ruas do Pelourinho a caminho do evento já ouvíamos uma voz falando bem alto “Dexter está em Casa”, falava Nelson Maka, organizador do Sarau, ao chegar no local foi total emoção, o rapper GOG foi até a entrada receber Dexter e o público do Sarau foi ao delírio, muitas fotos e abraços.
    Durante o evento Dexter fez o seu primeiro pronunciamento depois de liberto. “Satisfação enorme estar aqui com vocês, meus irmãos de sofrimento, de luta, de revolução, muito obrigado pelo carinho, pelo respeito, meu parceiro GOG, e hoje é um dia mais do que especial, acabamos de desembarcar a umas duas horas atrás, mais às 14h, desse dia 20 de abril, agora a gente pode passar a comemorar todos os anos no dia 20 de abril, a libertação deste que vos fala, muito obrigado pelo carinho, pelo respeito. Certamente as lagrimas derramadas ao longo desses 13 anos, hoje eu entendo que serviu para regar a árvore da minha felicidade, poder dividir isso com meu povo é muito louco, com meus irmãos, com minha família da rua, é muito louco, e eu acho engraçado, e ao mesmo tempo eu agradeço a Deus, essa data caiu justamente no dia que eu venho pela primeira vez a Salvador. De 13 anos, 10 foi ao lado de uma guerreira que dispensa apresentação, dispensa palavras, mas eu só queria dizer que mesmo com os pés sangrando, continuou do meu lado firme e forte, estendendo a mão a todo instante, a todo momento, passou fome por minha causa, quase foi despejada por minha causa, e hoje o que faço pra ela é pouco pelo que ela fez, guerreou comigo dez anos, e hoje você ta aqui amor, é porque você é merecedora e eu queria dizer que eu te amo, Patrícia Omena”, declamou Dexter. Em seguida cantou a música “Oitavo Anjo” o público vibrou.
    Durante o evento GOG falou da importância do rapper Dexter para o hip-hop e o estado brasileiro. “Essa noite é muito especial, quantas vezes diante das dificuldades das necessidades, a gente sabendo que você é um parceiro que já era digno da liberdade, de estar caminhando, quantas vezes à política pública esteve distante e não tinha a mínima sensibilidade de entender que você era mais importante fora do quer lá dentro, por várias questões, passando pela econômica, mas principalmente pela espiritual transformadora, então hoje se o sistema, ele conta um a menos lá dentro, o louco é que a periferia ganha muito mais aqui, tá ligado? A guerra preta, a estratégia quilombola hoje vai ser praticada com mais sabedoria, por quer Marcos Omena, o que a periferia fez de Dexter está aqui hoje, então temos que festejar e comemorar, isso ninguém tira de nós, jamais”, desabafou GOG.
    Em seguida o militante do movimento negro e da luta-antiprisional, Hamilton Borges, fez seu pronunciamento e declarou o dia 20 de abril feriado. “É muito importante isso aqui, hoje é dia de celebração, eu faço uma guerra aqui, junto com um monte de guerreiros que tem aqui, contra as prisões, nós somos anti-prisionais, e pra nós, há muita tempo atrás, eu dizia uma coisa, que a gente tinha você Dexter, sempre como nosso ídolo, como Nelson Mandela, como Malcom X, como Zumbi pra gente, continua, só que é um ídolo vivo, vivo, sã e forte para nós ajudar na luta, e pra mim o dia 20 de abril é feriado, no decorrer da minha vida, no dia 20 eu não trabalho mais, só estudo, eu queria dizer que nesse momento de celebração de amor, a gente tem que fazer uma luta contra o extermínio na cidade de Salvador, no estado da Bahia, a gente tem que fazer uma luta contra as grades, a gente não pode permitir que o governo continue abrindo cadeias, a gente não pode permitir que os lucros dos ricos sejam o nosso sangue derramado, esse que é o símbolo, valeu Dexter pela sua presença, tamo junto”, declarou Hamilton Borges.
    Na sexta-feira, 22 de abril, a convite da Posse de Conscientização e Expressão – PCE – Dexter passou o dia visitando três bairros periféricos da cidade de Lauro de Freitas, vizinha a Salvador. Ele foi aos bairros de Itinga, Portão e Lagoa dos Patos, caminhou pelas ruas, fez freestyle na chuva e conversou com a galera do hip-hop da região. No sábado a tarde participou, no Teatro Vila Velha, do evento Hip-Hop em Movimento, no Vivadança Festival Internacional, como palestrante da mesa redonda Hip-Hop e Direitos Humanos – Mudando as regras do jogo, ao lado de Hamilton Borges, Dj Branco e o Secretário de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Estado da Bahia, Almiro Sena. Dexter aproveitou a oportunidade para falar sobre sua carreira, experiência e visão sobre o sistema carcerário. Em seguida cantou na transmissão ao vivo do programa Evolução Hip-Hop, da rádio Educadora FM.
    No domingo de Páscoa Dexter passou a manhã no Complexo Penitenciário Lemos de Brito, junto com Hamilton Borges e Drª Andréia, onde deu palestra, cantou e trocou ideia com os detentos, ele visitou três pavilhões. Para finalizar sua agenda na cidade, prestigiou a final da 4ª Batalha de Break – Evolução Hip-Hop e entregou o troféu e medalha para o campeão da batalha.
    No ano de 2008 Dexter começou a cumprir regime semi-aberto, o que lhe possibilitou trabalhar fora do presídio, viajar pelo Brasil fazendo shows, palestras e participando de eventos de cunho sócio político cultural. Começou sua carreira como rapper em 1991 no grupo Tribunal Popular, que tem como padrinho Racionais MC’s, mas sua carreira só teve um “bum” em nível nacional com o surgimento do grupo 509-E no ano de 1999, no Presídio Carandiru, Pavilhão 7,”xadrez” nº 509-E, grupo o qual ele cantava ao lado do rapper Afro X. Logo lançaram o CD Provérbios 13, com faixas assinadas por Mano Brown, Edi Rock, DJ Hum, MV Bill, e arranjos de Zé Gonzalez (Planet Hemp), Marquinhos e DJ Luciano. Com uma pena menor, Afro-X foi libertado da cadeia em 2002, meses antes do lançamento do segundo CD “Depois de Cristo”. A dupla foi desfeita logo depois, mas o mito se manteve, o Oitavo Anjo, que no ano de 2005 lançou seu primeiro disco solo: Exilado Sim, Preso Não, contou com participações especiais de Mano Brown, Mv Bill, GOG, Função, Tina, Rinea Bv, Edi Rock, entre outros.
    Disco que trouxe a toma o motivo real do desfecho do grupo 509-E com a música “Fênix”. O 509-E acabou por divergências dentro do grupo, a decisão de acabar o 509-E foi minha, acho que a Fênix resume muito bem o por quer que acabou o 509-E, eu nunca usei o rap para cantar mentira, sempre fui um cara verdadeiro dentro do rap e até fora dele também, sou ser humano, tenho falhas, não sou perfeito, mais alguns erros eu não costumo cometer, ta ligado? E o 509-E acabou justamente por isso, erros cometidos e o não reconhecimento desses erros, a Fênix retrata muito bem o que aconteceu no 509-E”, explicou Dexter..
     fonte : site www.rapnacional.com.br

    sábado, 18 de junho de 2011

    CASA DO HIP HOP EM DIADEMA UMA CONQUISTA DO MOVIMENTO

    Quem Somos

    A Casa do Hip Hop é um espaço público, também conhecido como Centro Cultural Canhema, mantido pela prefeitura de Diadema, que dentro de uma política de acesso à difusão e formação cultural, oferece cursos de iniciação em Hip Hop e outras linguagens artísticas, além de eventos que promovam a inserção da população aos bens culturais.
    Embora a Casa do Hip Hop tenha obtido oficialmente este nome somente em 1999, ela é fruto de reinvidicações dos jovens de diversas regiões da cidade que desde 1993 se organizavam visando obter espaços para ensaios, encontros, oficinas e workshops específicos. Sendo, portando, um espaço conquistado através da organização da população, em especial os jovens militantes desta cultura.
    Dentre os eventos que realiza está o Hip Hop em Ação, que acontece todo último sábado do mês das 13 as 18 horas, com apresentações artísticas dos elementos MCing, DJing, Breaking e Graffiti, além de atividades ligadas ao chamado 5º elemento; o conhecimento.
    O Aniversário da Casa do Hip Hop é comemorado no último sábado do mês de Julho, num Hip Hop em Ação especial, com programação diferenciada e presença de grandes nomes do Hip Hop Nacional.

    Oficinas

    A Casa do Hip Hop oferece oficinas gratuitas de:
    Desenho Infantil e Adulto
    Inclusão Digital Infantil e Adulto
    Artesanato Adulto
    Dança de Salão Adulto
    DJ Iniciante e Avançado
    Movimentos Power Move
    MC
    Circo Infantil
    Dança de Rua Iniciante e Avançado
    Teatro Infantil
    Teatro de Bonecos Infantil
    Graffiti Iniciante e Avançado
    Samba Rock

    Como Chegar

    Localização
    Rua 24 de Maio, 38
    Jardim Canhema
    Diadema - SP
    CEP 09912-220

    Como chegar de Ônibus
    - Trólebus Term. Piraporinha, Term. Ferrazópolis ou Term. Santo André no metrô Jabaquara.
    - Trólebus Term. Jabaquara no Terminal São Matheus
    - Trólebus Term. Diadema ou Term. Jabaquara na estação de trem Santo André
    Em todos os casos, descer na Parada Canhema e subir a rua em frente; Rua 12 de Outubro que faz esquina com a Rua 24 de Maio.

    Back Spin Crew

    Back Spin Crew - nova geração
    Back Spin Crew , foi formada no ano de 1985 na estação São Bento de Metrô, bboys que acreditavam que a dança estava apenas começando, fizeram da São Bento um ponto de encontro, onde havia batalhas de dança e era também uma forma de trocar idéias sobre breaking e cultura Hip Hop ainda desconhecido, a primeira formação da back spin foi à união de alguns bboys do Dragon Break, Hélio, Cícero, Thaide, Mário, Marcão com Marcelinho e Geléia do Furious Breakers, Gema e Tatu do Fantastic Duo e bboys Fernando, Jéferson e Anderson. A cultura Hip Hop estava na verdade nesta época criando os alicerces que fariam da São Bento o berço do Hip Hop Nacional. Das equipes de breaking que freqüentavam a São Bento todas contribuíram para o surgimento do movimento Hip Hop em São Paulo, dois membros da Back Spin em 1988 participaram da coletânea Hip Hop Cultura de Rua, Thaide e Dj Hum gravaram o clássico “Corpo Fechado”, juntamente com a dupla a Back Spin viajou em turnê por todo o País divulgando ainda mais a dança de rua e o Hip Hop Nacional. A partir de 1993 Marcelinho Back Spin iniciou um trabalho com oficinas culturais na cidade de Diadema e difundiu a dança de rua nos bairros, com o tempo alguns jovens da comunidade que participavam das oficinas, passaram a integrar a equipe e a partir de 1994 a segunda geração começou a ser formada por dançarinos como o Banks, Drica, Casper, Breno e 3D, todos são multiplicadores das oficinas culturais ministradas pela Back Spin, dando continuidade em trabalhos culturais por todo o país.
    Back Spin Crew tem uma grande participaçao na divugação da dança de rua e no Hip Hop nacional. Foi formada no ano de 1985 na estação São Bento do Metrô, ponto de encontro de dançarinos de rua. Depois que a dança foi massificada e perderam-se espaços, b-boys que acreditavam que a dança estava apenas começando, em terras tupiniquins, fizeram da estação São Bento o ponto de encontro, onde haviam batalhas de dança de rua. Era também, uma forma de trocar opiniões sobre breaking e a cultura Hip Hop ainda desconhecida. A Cultura de Rua estava, nessa época, criando os alicerces que fariam da São Bento o berço do Hip Hop Nacional


    sexta-feira, 17 de junho de 2011

    A HISTORIA DO B.BOY A DANÇA DO HIP HOP

    Muitos dizem que o termo hip-hop foi criado em meados de 1968 por frika Bambaataa. Ele teria se inspirado em dois movimentos cíclicos, um deles estava na forma de transmitir a cultura dos guetos americanos, a outra estava justamente na forma de dança popular na época, que era saltar (hop) movimentando os quadris (hip).
    Em meados dos anos 70 no Bronx, cidade de New York, foi criado o B-Boying. O responsável por isso foi o Dj Kool Herc, que foi o maior de todos os Djs do Bronx.

    A expressão B-Boying provavelmente originou-se da palavra africana “Boioing”, que significa “salto, pulo”, e foi usada na área do Rio Bronx (NYC) para descrever o estilo do salto que os B-Boys faziam.
    B-Boying (que também significa Breaking) não deveria ser confundido com Popping e Locking, porque esses estilos da dança têm seus próprios termos, histórias e seus pioneiros.
    Nos primeiros estágios esta dança era praticada “para cima, no alto”, o que é conhecido por “top rocking”. A estrutura e a forma do Top Rocking tiveram influência dos que praticavam a dança no Brooklyn, influência da salsa (como o rock latino), da dança afro-cubana, africana e americana. Há também um passo de top rock, criado por Charleston, chamado “Charlie Rock”. Outra principal influência e inspiração foi James Brow com seus hits "Popcorn" (1969) e "Get on the Good Foot" (1972). Inspirados por sua dança energética e quase acrobática as pessoas começaram a dançar “Good Foot”.
    Assim que a tradição da batalha da dança ficou bem estabelecida nessa época, e como o Breaking começou também a se incorporar na cultura hip hop, tornou-se mais e mais uma dança que envolve o b-boy usando sua imaginação. Em conseqüência disso os “top rockers” estenderam seus repertórios através do footwork e freezes.
    Os freezes eram usualmente usados no final de cada série de combinações ou para zoar e humilhar o oponente. Certos freezes eram também denominados como o segundo mais popular: “chair freeze” e “baby freeze“. O “chair freeze” foi fundamental para vários movimentos por causa do potencial que os b-boys precisavam ter para exercer este movimento.O objetivo principal de uma batalha de break é vencer o oponente sendo mais criativo com séries de freezes e fazer movimentos mais rápidos e melhores. Isso também porque as crews desenvolvem seus movimentos e séries dando personalidade à dança para estarem preparados para a próxima batalha.


    Origem do nome B-Boy
    B-Boy = Abreviação para “Break Boy”, “Beat Boy” ou “Bronx Boy”.
    A palavra B-Boy foi primeiramente usada pelo DJ jamaicano radicado nos Estados Unidos, Kool Herc. Ele deu esse nome a todos os dançarinos do início dos anos 70, e “B-Boy” passou a ser uma designação a um grupo de elite de dançarinos que participavam nas festas organizadas por ele.
    B-Boying é o estilo de dança dos B-Boys, também conhecido como Breakin’.
    A mídia propôs um conceito errado sobre Breaking: o conceito de que a dança era usada pelas gangues, que dançavam ao invés de brigarem. Porém, isso não é verdade, pois nos rachas (battles) de Breakin havia tumulto e aconteciam várias brigas por causa dessas batalhas de B-Boys.

    O estilo B.BoysCostuma-se dizer que um B-Boy completo, de acordo com os dançarinos de meados dos anos 70, é aquele que realiza sua apresentação em três partes principais:

    Top Rock: dança vertical, ou seja, em pé. Geralmente funciona como uma entrada na roda e preparação para o resto de sua performance;

    Footwork: é um trabalho feito com os pés. Geralmente agachado, com movimentos de chutes ao ar;

    Freezes: é um “congelamento” onde o B-Boy tem o ápice de sua apresentação. É uma pose na qual o B-Boy para instantaneamente. Os bons freezes geralmente duram no mínimo de dois a três segundos. Quanto maior o grau de dificuldade da execução, maior a sua qualidade.
    Os “Powermoves” e saltos também podem ser incorporados, desde que sejam feitos como dança ou harmoniozamente incorporados a ela.
    Breakin’ X Rockin’
    O Rockin’ e o Breakin’ têm sua história própria. O Breakin’ tem sua maior influência na era James Brown. E quem dança Breakin’ é um B-Boy. Já o Rockin’ vem das Gangs, originais de New York. Porém, a era Disco também teve influência decisiva sobre o Rockin’, bem como James Brown. E quem dança Rockin’ é um Rocker. O Rockin’ é também conhecido como Up-Rockin’ ou Brooklyn Rock. Este é o estilo no qual se faz a simulação de uma briga enquanto se dança. Seu objetivo é marcar, pegar o adversário desprevenido (burn).
    Os Movimentos dos B-Boys:Head Spin (Giro de Cabeça)
    Chair Freezes
    CC Long Footwork (6 step )
    Four Step (quatro passos)
    Swipe (corte)
    Baby Bridges (ponte)
    Chair FreezesTrack (Floor) conhecida como “Hélice” no Brasil
    Back Spin (Giro de Costas)
    Giro de Mão (chamado 1990’s ou nineties nos EUA)
    Hand Glide (escorregão de mão)
    Windmills ou Contínuos (conhecido como Moinho de Vento no Brasil)
    Tap Head Spin (Giro de Cabeça Contínuo)
    Air Tracks (conhecido no Brasil como Loko)
    Halos conhecido como “Pião Japonês” no Brasil
    Ninja Freeze
    Head Glides
    Axle também conhecido como Star Track ou Air Flare
    Plank Freeze
    Spyderman Footwork, é o chamado footwork “Homem Aranha”
    Air BabElbo Spin: giro de cotovelo
    Bouncin CE CE’sSwirl (Redemoinho)
    Transição do Moinho de vento (Continuous ou Windmill) para o Giro de mão (1900’s)
    Wrist 90’s: é a parada de mão com uma mão só.
    Wrist 90’s girando: giro de mão com o pulso (parte de trás da mão).
    Elbo Slide: é um escorregão (slide) com o cotovelo.Double Leg Sw

    Os pioneiros
    A primeira crew conhecida foi The Nigga Twins, e assim com outras crews como The Zulu Kings, The Seven Deadly Sinners, Shanghai Brothers, The Bronx Boys, Rockwell Association, Starchild La Rock, Rock Steady Crew e The Crazy Commanders, essas são as pioneiras. Depois de alguns anos desenvolvendo esse novo estilo de dança, em meados dos anos 70, alguns b-boys já apresentavam habilidades notáveis.


    Os b-boys que se destacaram nessa época foram Sasa, Beaver, El Dorado, Robbie Rob (Zulu Kings), Vinnie, Off (Salsoul), Bos (Starchild La Rock), Willie Wil, Lil' Carlos (Rockwell Association), Spy, Shorty (Crazy Commanders), James Bond, Larry Lar, Charlie Rock (KC Crew), Spidey, Walter (Master Plan) and others.


    Por volta dos anos 80 havia crews em New York City como Rock Steady Crew, NYC Breakers, Dynamic Rockers, United States Breakers, Crazy Breakers, Floor Lords, Floor Masters, Incredible Breakers, Magnificent Force e muitas outras. Uns dos melhores b-boys da época foram Chino, Brian, German (Incredible Breakers), Dr. Love (Master Mind), Flip (Scrambling Feet), Tiny (Incredible Body Mechanic). A maior rivalidade era entre Rock Steady Crew e NYC Breakers, assim como entre Rock Steady Crew e Dynamic Rockers. No início dos anos 80 batalhas entre essas crews chamaram a atenção da mídia.

    Filmes que contam um pouco a história.Em 1983 o filme “Flashdance” chegou aos cinemas, e o vídeo clipe de Malcolm Mclaren “Buffalo Gals” foi mostrado na televisão. The Rock Steady Crew foi caracterizado em ambas produções e foram conhecidos pelo mundo por causa do sucesso do filme e da canção. Isso causou explosão na mídia e contagiou a maioria dos países em torno do mundo. Para todos, o Break era algo novo, algo que nunca foi mostrado antes, algo que realmente era espetacular e fascinante. Ainda no mesmo ano, o filme “Wild Style” foi lançado e foi a primeira divulgação internacional que caracterizou a cultura do hip hop. Os Mcs, Djs, Graffiti e b-boys foram também para Londres e Paris, e isso foi a primeira vez que o Break pôde ser visto “vivo” na Europa.
    Em 1984 o filme “Beat Street” teve seu lançamento e caracterizou Rock Steady Crew, NYC Breakers e Magnificent Force, e na cerimônia de fechamento dos jogos olímpicos de verão em Los Angeles mais de 100 b-boys e b-girls fizeram uma performance. Ainda no mesmo ano de "Swatch Watch NYC Fresh Tour" estreou o filme “Breakin”, uma ano mais tarde, em 1985, foi lançado o filme “Breakin 2”: Electric Boogaloo.
     

    GRAFITE A ARTE DO HIP HOP NOS MUROS.






    Grafite ou grafito (do italiano graffiti, plural de graffito) é o nome dado às inscrições feitas em paredes, desde o Império Romano. Considera-se grafite uma inscrição caligrafada ou um desenho pintado ou gravado sobre um suporte que não é normalmente previsto para esta finalidade.Por muito tempo visto como um assunto irrelevante ou mera contravenção, atualmente o grafite já é considerado como forma de expressão incluída no âmbito das artes visuais, mais especificamente, da street art ou arte urbana - em que o artista aproveita os espaços públicos, criando uma linguagem intencional para interferir na cidade. Entretanto ainda há quem não concorde, equiparando o valor artístico do grafite ao da pichação, que é bem mais controverso. Sendo que a remoção do grafite é bem mais fácil do que o piche.
    Descrição
    Grafite em um muro de São Paulo.
    Normalmente distingue-se o grafite, de elaboração mais complexa, da simples pichação, quase sempre considerada como contravenção. No entanto, muitos grafiteiros respeitáveis, como Osgemeos, autores de importantes trabalhos em várias paredes do mundo, aí incluída a grande fachada da Tate Modern de Londres,admitem ter um passado de pichadores. Na língua inglesa, contudo, usa-se o termo graffiti para ambas as expressões.
    A partir do movimento contracultural de maio de 1968, quando os muros de Paris foram suporte para inscrições de caráter poético-político, a prática do grafite generalizou-se pelo mundo, em diferentes contextos, tipos e estilos, que vão do simples rabisco ou de tags repetidas ad nauseam, como uma espécie de demarcação de território, até grandes murais executados em espaços especialmente designados para tal, ganhando status de verdadeiras obras de arte. Os grafites podem também estar associados a diferentes movimentos e tribos urbanas, como o hip-hop, e a variados graus de transgressão.
    Dentre os grafiteiros, talvez o mais célebre seja Jean-Michel Basquiat, que, no final dos anos 1970, despertou a atenção da imprensa novaiorquina, sobretudo pelas mensagens poéticas que deixava nas paredes dos prédios abandonados de Manhattan. Posteriormente Basquiat ganhou o rótulo de neo-expressionista e foi reconhecido como um dos mais significativos artistas do final do século XX. Atualmente no século vinte e um, muitas pessoas usam o grafite como arte em museus. Muitos museus conhecidos se encantaram pela beleza das ruas(o grafite), hoje em dia quem tem uma fachada decorada pela arte do grafite pode-se chamar de privilegiado, pois é uma arte muita bonita e mais bem feita do que artes feitas em telas, por isso que muitos adotaram esta maravilhosa idéia.

    Termos e gírias

    Fachada decorada com grafite, em Olinda, Pernambuco.
    • 3D - Estilo tridimensional, baseado num trabalho de brilho / sombra das letras.
    • Asdolfinho - Novo estilo de grafite desenvolvido por americanos, no qual é visado a pintura animal.
    • Backjump - Comboio pintado em circulação, enquanto está parado durante o percurso (numa estação por exemplo).
    • Bite - Cópia, influência directa de um estilo de outro writer.
    • Bombing - Grafite rápido, associado à ilegalidade, com letras mais simples e eficazes.
    • Bubble Style - Estilo de letras arredondadas, mais simples e "primárias", mas que é ainda hoje um dos estilos mais presentes no grafite.
    • Cap - Cápsula aplicável ás latas para a pulverização do spray. Existem variados caps, que variam consoante a pressão, originando um traço mais suave ou mais grosso (ex: Skinny", "Fat", "NY Fat Cap", etc).
    • Characters - Retratos, caricaturas, bonecos pintados a grafite.
    • Crew - "Equipa", grupo de amigos que habitualmente pintam juntos e que representam todos o mesmo nome. É regra geral os writers assinarem o seu tag e respectiva crew (normalmente sigla com 2 a 4 letras) em cada obra.
    • Cross - Pintar um grafite ou assinatura por cima de um trabalho de um outro writer.
    • Degradé - Passagem de uma cor para a outra sem um corte directo. Por exemplo uma graduação de diferentes tons da mesma cor.
    • End to end - Carruagem ou comboio pintado de uma extremidade à outra, sem atingir a parte superior do mesmo (por ex. as janelas e parte superior do comboio não são pintadas).
    • Fill-in - Preenchimento (simples ou elaborado) do interior das letras de um grafite.
    • Hall of Fame - Trabalho geralmente legal, mural mais trabalhado onde normalmente pinta mais do que um artista na mesma obra, explorando as técnicas mais evoluídas.
    • Highline - Contorno geral de toda o grafite, posterior ao outline.
    • Hollow - Grafite ou Bomb que nao tem fill (preenchimento) algum e, geralmente, é ilegal
    • Inline - Contorno das letras, realizado na parte de dentro das letras.
    • Kings - Writer que adquiriu respeito e admiração dentro da comunidade do grafite. Um estatuto que todos procuram e que está inevitavelmente ligado à qualidade, postura e anos de experiência.
    • Outline - Contorno das letras cuja cor é aplicada igualmente ao volume das mesmas, dando uma noção de tridimensionalidade
    • Roof-top - Grafite aplicado em telhados, outdoors ou outras superfícies elevadas. Um estilo associado ao risco e ao difícil acesso mas que é uma das vertentes mais respeitáveis entre os writers.
    • Spot - Denominação dada ao lugar onde é feito um grafite.
    • Tag - Nome/Pseudónimo do artista.
    • Throw-up - Estilo situado entre o "tag"/assinatura de rua e o bombing. Letras rápidas normalmente sem preenchimento de cor (apenas contorno).
    • Top to bottom" - Carruagem ou carruagens pintadas de cima a baixo, sem chegar no entanto às extremidades horizontais.
    • Toy - O oposto de King. Writer inexperiente, no começo ou que não consegue atingir um nível de qualidade e respeito dentro da comunidade.
    • Train - Denominação de um comboio pintado.
    • Whole Train - Carruagem ou carruagens inteiramente pintadas, de uma ponta à outra e de cima a baixo.
    • Wild Style - Estilo de letras quase ilegível. Um dos primeiros estilos a ser utilizado no surgimento do grafite.
    • Writer - Escritor de grafite.

    O DJ DE HIP HOP





    DJ KL JAY RACIONAIS MCs
    Operador de discos, que faz bases e colagens rítmicas sobre as quais se articulam os outros elementos, hoje o DJ é considerado um músico, após a introdução dos scratches de GradMixer DST na canção "Rock it" de Herbie Hancock, que representa um incremento da composição e não somente um efeito. O breakbeat é a criação de uma batida em cima de composições já existentes, uma espécie de loop. Seu criador DJ Kool Herc desenvolveu esta técnica possibilitando B.Boys a dançarem e MCs a cantarem. O Beat-Juggling já é a criação de composições as pelos DJ nos toca-discos, com discos e canções diferentes. Há diversos tipos de DJs: o DJ de grupo, de baile/festas/aniversários/eventos em geral e o DJ de competição. Este por sua vez, faz da técnica e criatividade, os elementos essências para despertar e prender a atenção do público. Um DJ de competição é um DJ que desenvolve e realiza apresentações contendo scratchs, batidas e até frases recortadas de diferentes discos (samples). Esses DJs competem entre si usando todo e qualquer trecho musical de um vinil.

    O QUE É RAP



    O que é o Rap  
    A termo RAP significa rhythm and poetry ( ritmo e poesia ). O RAP surgiu na Jamaica na década de 1960. Este gênero musical foi levado pelos jamaicanos para os Estados Unidos, mais especificamente para os bairros pobres de Nova Iorque, no começo da década de 1970. Jovens de origens negra e espanhola, em busca de uma sonoridade nova, deram um significativo impulso ao RAP.
    O rap tem uma batida rápida e acelerada e a letra vem em forma de discurso, muita informação e pouca melodia. Geralmente as letras falam das dificuldades da vida dos habitantes de bairros pobres das grandes cidades. As gírias das gangues destes bairros são muito comuns nas letras de música rap. O cenário rap é acrescido de danças com movimentos rápidos e malabarismos corporais. O break, por exemplo, é um tipo de dança relacionada ao rap. O cenário urbano do rap é formado ainda por um visual repleto de grafites nas paredes das grandes cidades.
    No começo da década de 1980, muitos jovens norte-americanos, cansados da disco music,  começaram a mixar músicas, e criar sobre elas, arranjos específicos. As músicas de James Brown, por exemplo, já serviram de base para muitas músicas de rap. O MC ( mestre-de-cerimônias) é o responsável pela integração entre a mixagem e a letra em forma de poesia e protesto. É considerado o marco inicial do movimento rap norte-americano, o lançamento do disco Rapper’s Delight, do grupo Sugarhill Gang.
    Entendendo o Rap
    Geralmente, o rap é cantado e tocado por uma dupla composta por um DJ ( disc-jóquei ), que fica responsável pelos efeitos sonoros e mixagens, e por MCs que se responsabilizam pela letra cantada. Quando o rap possui uma melodia, ganha o nome de hip hop.
    Um efeito sonoro muito típico do rap é o scratch (som provocado pelo atrito da agulha do toca-discos  no disco de vinil). Foi o rapper Graand MasterFlash que lançou  o scratch e depois deles, vários scratchings começaram a utilizar o recurso : Ice Cube, Ice T, Run DMC, Public Enemy, Beastie Boys, Tupac Shakur, Salt’N’Pepa, Queen Latifah, Eminem, Notorious entre outros.
    Anos 80: auge do rap e mudanças
    Na década de 1980, o rap sofreu uma mistura com outros estilos musicais, dando origem à novos gêneros, tais como: o acid jazz, o raggamufin (mistura com o reggae) e o dance rap. Com letras marcadas pela violência das ruas e dos guetos, surge o gangsta rap, representado por Snoop Doggy Dogg, LL Cool J,  Sean Puffy Combs, Cypress Hill, Coolio entre outros.
    Nas letras do Public Enemy, encontramos mensagens de cunho político e social, denunciando as injustiças e as dificuldades das populações menos favorecidas da sociedade norte-americana. É a música servindo de protesto social e falando a voz do povo mais pobre.
    Movimento Rap no Brasil
    O rap surgiu no Brasil em 1986, na cidade de São Paulo. Os primeiros shows de rap eram apresentados no Teatro Mambembe pelo DJ Theo Werneck. Na década de 80,  as pessoas não aceitavam o rap, pois consideravam este estilo musical como sendo algo violento e tipicamente de periferia.
    Na década de 1990, o rap ganha as rádios e a indústria fonográfica começa a dar mais atenção ao estilo. Os primeiros rappers a fazerem sucesso foram Thayde e DJ Hum. Logo a seguir começam a surgir novas caras no rap nacional : Racionais MCs, Pavilhão 9, Detentos do Rap, Câmbio Negro, Xis & Dentinho, Planet Hemp e Gabriel, O Pensador.
    O rap começava então a ser utilizado e misturado por outros gêneros musicais. O movimento mangue beat, por exemplo, presente na música de Chico Science & Nação Zumbi fez muito bem esta mistura.
    Nos dias de hoje o rap está incorporado no cenário musical brasileiro. Venceu os preconceitos e saiu da periferia para ganhar o grande público. Dezenas de cds de rap são lançados anualmente, porém o rap não perdeu sua essência de denunciar as injustiças, vividas pela pobre das periferias das grandes cidades.

    quinta-feira, 16 de junho de 2011

    DAS RINHAS DE MCs PARA O BRASIL ESSE É EMICIDA

    Leandro Roque de Oliveira (São Paulo, 17 de agosto de 1985), mais conhecido pelo seu nome artístico Emicida é um rapper, repórter e produtor musical brasileiro. É considerado uma das maiores revelações do hip hop do Brasil nos últimos anos.O nome "Emicida" é uma fusão das palavras "MC" e "homicida". Por causa de suas constantes vitórias nas batalhas de improvisação, seus amigos começaram a falar que Leandro era um "assassino", e que "matava" os adversários através das rimas. Mais tarde, o rapper criou também uma conotação de sigla para o nome: E.M.I.C.I.D.A (Enquanto Minha Imaginação Compor Insanidades Domino a Arte). As suas apresentações ao vivo são acompanhadas do DJ Nyack nos instrumentais.
    A primeira aparição do rapper na mídia - fora as batalhas de improvisação - foi o single "Triunfo", acompanhado de um videoclipe com mais de 1,3 mi visualizações no YouTube. Emicida lançou seu trabalho de estreia em 2009, uma mixtape de vinte e cinco faixas intitulada, a Pra quem já Mordeu um Cachorro por Comida, até que eu Cheguei Longe..., pela gravadora independente Laboratório Fantasma. Em fevereiro de 2010, seu segundo trabalho veio em formato de EP com o título Sua Mina Ouve Meu Rep Tamém. Em 15 de setembro do mesmo ano, foi lançada a também mixtape Emicídio, adjunta a um single homônimo. Além de ser cantor, Emicida atua como repórter do programa Manos e Minas, da TV Cultura.

    Carreira

    Anos iniciais e batalhas de improviso

    A carreira de Emicida teve início no começo dos anos 1990, enquanto seus pais organizavam bailes black na periferia de São Paulo, quando ele então começou a usar os equipamentos e escrever as primeiras rimas.[Oriundo de família pobre, ele compunha e passava para seu amigo gravá-las e vendê-las. Seu pai faleceu logo na sua infância, como declarado na canção "Ooorra...".
    O rapper é conhecido por suas rimas de improviso, o que fez ele se tornar um dos MCs mais respeitados. Venceu onze vezes consecutivas a batalha de MC da Santa Cruz e por doze vezes a Rinha dos MC. Considerado como uma das maiores revelações do underground hip hop nacional, Emicida acumula milhares de acessos em cada batalha sua no YouTube e cerca de 900 mil visualizações do seu perfil no MySpace.
    Em uma das batalhas de improviso, que ocorreu no Centro de São Paulo, o rapper duelou com Nocivo Shomon, que pouco tempo depois lançou uma canção diss intitulada "A rua é quem?", já que Emicida é conhecido por utilizar o bordão "A rua é nóiz". No entanto, não houve resposta ao som.

    Primeiro trabalho e EP

    Emicida realizou suas primeiras composições gravadas por volta do ano de 2005, período quando entrou nos desafios das batalhas. Em 2008, lançou seu primeiro single, produzido por Felipe Vassão, com o título de "Triunfo". Ele conseguiu a vendagem de aproximadamente setecentas cópias no primeiro mês até a publicação na internet. Junto a ele veio um videoclipe que alcançou mais de seiscentas mil visualizações. No primeiro trimestre de 2009, ocorreu o lançamento da sua mixtape de estreia, com o título Pra quem já Mordeu um Cachorro por Comida, até que eu Cheguei Longe..., que juntou 25 faixas gravadas desde o início da sua carreira. Segundo dados da Revista Época, Emicida vendeu cerca de três mil cópias do disco no "boca-a-boca", com o preço que variava entre R$ 2 e R$ 15.
    O artista foi indicado ao Video Music Brasil 2009, prêmio musical brasileiro organizado pela MTV, onde concorreu nas categorias "Melhor Grupo/Artista de Rap", "Aposta MTV" e "Videoclipe do Ano", com "Triunfo", mas acabou derrotado por MV Bill, Vivendo do Ócio e "Sutilmente", de Skank, respectivamente.
    Em 2010, Emicida lançou o segundo single da sua carreira, intitulado "Besouro", que foi incluído na sua segunda mixtape. No fim de janeiro do mesmo ano, veio o seu segundo trabalho, o EP Sua Mina Ouve Meu Rap Também, com referência para a canção "Sua Mina Ouve Meu Rap", de MC Marechal, com quem mantém afiliações.

    Emicídio

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    "Emicídio"
    Trecho da canção "Emicídio".

    Problemas para escutar este arquivo? Veja introdução à mídia.
    No segundo semestre de 2010, Emicida começou a gravação da sua segunda mixtape. Perguntado sobre o fato de não lançar um álbum de estúdio, o rapper afirmou: "É mais caseiro [o formato de mixtape], os produtores amigos meus me mostram os beats que eles fizeram, eu vou para casa, escrevo uma letra. Para fazer um álbum eu queria todo mundo no estúdio, criando aos poucos".
    Após um anúncio de uma semana, ocorreu na sexta-feira 13 de agosto o lançamento do seu terceiro single, com o título de Emicídio, que trata sobre as dificuldades que encontrou para chegar onde está. Junto com a canção foi anunciado através do MySpace o lançamento da sua segunda mixtape para 15 de setembro, intitulada Emicídio. Em 9 de setembro, Emicida compareceu ao Programa do Jô, na Rede Globo, fato que fez o MC alcançar os trending topics mundiais do Twitter.
    A capa da mixtape foi divulgada juntamente com a lista de faixas no dia 12 de setembro. Emicídio traz dezoito faixas e participações de rappers como Kamau em "De onde cê vem" e Rael da Rima em "Beira de piscina". Nela, Emicida trata de assuntos como ser pai, as batalhas de MC, o rap atual, seus amigos, sua mãe, entre outros. Semelhante ao que aconteceu no lançamento do seu primeiro trabalho, a gravadora Laboratório Fantasma estipulou o preço máximo de R$ 5 para cada disco e convocou via internet representantes para a revenderem em todos os locais do Brasil.
    Em dez dezembro de 2010, Emicida fez participação no single "Olha pros neguinho", do rapper Xará.

     Aparições na mídia

    Em fevereiro, Emicida fez uma participação especial no Altas Horas, programa de auditório da Rede Globo, onde apresentou as canções "E.M.I.C.I.D.A." e "Triunfo". Sua presença no programa marcou uma nova era do rap nacional, que antes era conhecida pela mente fechada, com pouca aparição na mídia e críticas para a respectiva emissora. Ingressou no elenco do programa Manos e Minas, da TV Cultura, em abril de 2010, onde se tornou repórter, entrevistando diversas celebridades do mundo musical.
    Realizando diversas apresentações pelo Brasil, Emicida foi convidado a participar da Virada Cultural de 2010, onde se apresentou junto com Ellen Oléria e foi considerado um dos destaques do evento, junto a Mallu Magalhães. Em outro festival no mesmo ano, o Coquetel Molotov, o rapper também foi considerado como uma das principais atrações do evento.
    A banda Cine convidou o rapper para fazer uma participação na gravação de um DVD - o que seria um fato inédito com relação aos dois tipos de estilos musicais - mas acabou recusando para trabalhar em sua segunda mixtape. Pouco tempo depois, surgiu um outro contato de uma banda do mesmo estilo, agora porém, com disponibilidade, ele aceitou. Juntamente com rappers como Kamau, Rincon Sapiencia, Rappin' Hood, Negra Li e Aggro Santos, Emicida fez uma participação no novo álbum de NX Zero, chamado Projeto Paralelo. Emicida cantou Só Rezo 0.2 junto com a rapper norte-americana Yo-Yo (afiliada dos consagrados Ice Cube e Public Enemy), música que foi acompanhada de um videoclipe.
    Em 25 de outubro, o rapper Cabal publicou no seu twitter uma carta pública propondo a Emicida o fim da desavença entre os dois e a criação do evento Hip Hop da Paz. Como em uma semana não houve resposta, Cabal gravou a canção diss "Malleus Maleficarum", que não obteve resposta.

     Discografia

     Mixtapes

     EP

     Singles