caio negro

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CAIO NEGRO NO PALCO GRUPO NOSSA CARA PRETA

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segunda-feira, 25 de julho de 2011

D' Origem chegando e fortalecendo o hip hop nacional


Formado em meados de 2005 por Meire Mc’ e Preta Ary, o grupo vem se destacando
na cena do hip hop do Vale do Paraíba por ser um grupo feminino e abordar diversos
temas,temas abrangentes e do cotidiano de homens e mulheres.A primeira formação
originou-se após o descontentamento de ambas mc’s em outros grupos,muito pela falta
de espaço,mas também por falta de autonomia e identidade tendo que se contentar com
beks vocal e com pequenos trechos por muitas vezes escritos por outros integrantes
fazendo com que as mesmas não pudessem retratar suas experiências e nem crescer
como poetizas.
Para os ouvintes e amantes da boa música, o grupo D’origem diferencia-se por suas
instrumentais e a fusão de outros ritmos e a eloqüência das Mestras de cerimônia.
No ano de 2010 o grupo ganha sua terceira integrante D’soul, que vem buscando seu
crescimento como dj,e ainda auxilia o grupo em diversas questões.
O grupo esta no momento em estúdio gravando sua primeira EP. Nesse mesmo ano o
grupo participou de um processo de seleção pelo site Bocada Forte aberto para todo o
País e foi contemplado, esse ano 2011 sairá numa coletânea do site haja vista sendo o
único grupo feminino a conquistar tal mérito.
O grupo também vem participando ativamente de encontros como Hip Hop Mulher em
São Paulo Capital idealizado por Tiely Queen, e também de Fóruns idealizados pela
Frente Nacional de Mulheres do Hip Hop representado pelas pessoas de Lunna (livre
ameaça)SP e Edd Whuiler RJ.
As influencias Musicais vão desde Rap, como MPB, Jazz, Bossa Nova, Reggae, Samba,
Repente, e tudo que esta ligado as nossas raízes ancestrais.
Partindo do princípio de que cantar rap é, mas do que ser mc’ envolve toda uma
vivencia e um comprometimento social, as 3 integrantes também são idealizadoras do
projeto “Minas do Vale”, que objetiva dar visibilidade a mulher em todos os aspectos no
cenário da cultura hip hop ,tem como alvo o publico feminino ,mas abre sua discussão
para todos os demais públicos, tem conquistado espaço, consideração e respeito com
discussões como: Violência doméstica, DST AIDS, O papel da mulher negra na
sociedade e na política, Lei Maria da Penha e Tráfico de pessoas.
Promoveu também, em 26/09/2010 o 1º Fórum de Hip Hop do Vale do Paraíba, Na
Faculdade Anhanguera Educacional,que contou com com a presença de Tiely
Queen(hip hop mulher)Zulu King Nino Brown(zulu nation Brasil)Edd Whiler(frente
nacional de mulheres no hip hop) Zulu Oliveira (projeto Hip Hop Saúde) Alexandre
Blanco(Secretário da juventude SJC),e lideres dos movimentos Sócio Culturais da
Cidade em questão SJC,assim como mc’s,djs,b.boys,grafiteiros,dentre outros..
Esse é o D’origem hip hop alternativo, feminino.
Contatos:
Meire- MSN/orkut/facebook-meiresuperstar@hotmail.com (012)8815-0017/8132-2201
Preta Ary – arimanas@hotmail.com (012)8836-6131
D’soul – danieleaugusta@yahoo.com.br (12) 97840-647
Minas do Vale- minasdovale@yahoo.com.br

A web-rádio COBRA NEGRA

Como tudo começou…


 
Em abril de 2004, com surgimento do Orkut no Brasil, criamos uma comunidade virtual a qual
visava apenas compartilhar músicas e informações do mundo da música negra com pouco mais de
meia-dúzia de amigos. Mas o que não sabíamos é que assim, como nós, milhares de pessoas também
eram apaixonadas por esse estilo e aos poucos foram se integrando em nossa comunidade.
Colecionadores de discos, DJs, produtores, cantores e pessoas que gostam de Black Music foram aderindo à comunidade enviando musicas, artigos e informações sobre o assunto e fazendo da “Comunidade Black Music” a maior comunidade de conteúdo “Black” do Orkut.
Mas compartilhar material não foi o suficiente. Então, em dezembro de 2007 fundamos a web-rádio COBRANEGRA – Comunidade Brasileira de Musica Negra.



É com muita alegria e satisfação que informamos o início das transmissões, via Internet, em caráter experimental, da web-rádio COBRANEGRA – Comunidade Brasileira de Música Negra. Nossa missão é divulgar a verdadeira música negra e mostrar aos mais jovens, e também àqueles que desejam “educar” seus ouvidos e aprofundar o conhecimento sobre o tema, o significado desse termo. Certamente, o que se conhece hoje como “Black Music” também faz parte desse universo. Contudo, o que mais preservaremos serão as raízes do estilo, ou seja, a verdadeira origem da maioria dos ritmos que se ouve hoje em dia nas rádios e pistas de dança do mundo todo. Sim, quase tudo que se ouve na atualidade tem suas origens na boa e velha música negra! E vamos levá-la até nossos seletos ouvintes tentando estimular as boas lembranças e muitos momentos de um prazer todo especial que só a musicalidade negra pode proporcionar.



Algumas músicas foram grandes sucessos no passado; outras sequer foram executadas; o que não as tornam ruins, de má qualidade. Você ouvirá em nossa rádio todas essas músicas e com certeza irá relembrar a época de ouro da música negra nacional e internacional, além de ouvir músicas que jamais foram executadas pelos tradicionais veículos de comunicação. Outro fator muito importante será a valorização da música negra nacional, algo que passa despercebido na atualidade. Tim Maia, Tony Bizarro, Sandra Sá, Jorge Ben, Toni Tornado, Gerson King Combo, Cassiano, Hildon, Carlos Dafé, Lady Zu, Originais do Samba, Bezerra da Silva, Bebeto, Bola 7, Aniceto, Ivone Lara, Elza Soares, Pixinguinha, Candeia, Donga e tantos outros intérpretes e compositoes brasileiros serão lembrados com louvor em nossa web-rádio. As grandes estrelas mundiais como James Brown, Stevie Wonder, Aretha Frankin, Ray Charles, Earth Wind & Fire, não ficarão de fora.
Para transformar esse sonho em realidade, contamos com uma equipe de programadores experientes e um belo a acervo com mais de 5 terabytes de músicas entre CD’s e LP’s e formato digital (mp3,wma,ogg,etc).
Conecte e viaje pelo fascinante universo da música negra!
www.cobranegra.com.br
Segue um breve resumo de nossa programação experimental
de segunda a sexta:
música ambiente (românticas, samba-soul, jazz-funk, rhythm & blues e soul)
sábados à tarde:
rap dos anos 80
sábados à noite após as 20h:
música ambiente
domingos pela manhã:
samba de raíz, samba-soul (samba-rock)
domingos à tarde após as 14h:
“black music” atual
A programação poderá sofrer alterações durante este período.
Em breve terão início os programas especiais que tratarão de ritmos específicos.
Web-rádio colaborativa
Para isso, monte uma seleção musical de no máximo 20 minutos e que esteja de acordo com a proposta de trabalho da rádio. Envie para:
cobranegra@cobranegra.com.br.
Você também pode pedir aquele som que há muito tempo não ouve. Teremos o maior prazer em divulgar pela rádio o seu bom gosto musical.,
Participe!
Agradecemos,
Equipe de coordenação COBRANEGRA
AGRADECIMENTOS:
Juliano Vituri (ZUM), Stanley, Roberto Stanley, Liege, Deveni, Marta, Cristiane, Ana Liberty, Maskote, M@rcílioMJ (Com. Roger and ZAPP Brasil), DÉCO, Zé Luiz, Old School Rap, Luiz Beluxe (Portal Melody), DJ Balegatzzo, Jaci, Inéia, Edimilson, Telzinha, Ivan, Marcos Augusto, PaulinhoJF, Rosangela, Rodnei, WS Branco, DJ Fuinha, JSerro, Claudir, DJ Chubb, MárioDJ, Tico, DJ Silvinho, The Professor, DeeJay TC, Cl!p!$, Cláudio, Marcelo, DJ NG, FGarciaDJ, Fernando Fenzo, Mauro, Mauro Oruam, Arnaldo, Luigi, Marcio, Ricardo, Antonio, Ênio, Hassim, Rodrigo, Luciana Trevizan, Lutcha, Rosana Tavares, GeanCarlo, Ramon e a todos os membros que fazem da BMC a melhor comunidade Black do Orkut.
INSPIRAÇÃO
Nossos agradecimentos a todas as equipes que fizeram o som de São Paulo! Em especial às equipes: CHIC-SHOW e CIRCUIT POWER. Como já disse Thaide: OBRIGADO PELA INSPIRAÇÃO!!
AGRADECIMENTO ESPECIAL:
A um dos maiores DJ’s de nosso país: Humberto Martins ( DJ HUM) .DJ Hum apresenta todos os sábados às 14h00 na rádio 105FM o programa Festa do DJ Hum trazendo as principais novidades do mundo da música negra; e sem esquecer do passado.  Obrigado pelo apoio!
Você poderá ouvir o programa FESTA DO DJ HUM também pela internet:
www.radio105fm.com.br
Se você apoia a música negra e gostaria de expressar este sentimento através de nosso projeto, fique a vontade para doar qualquer quantia para que possamos manter este projeto. Os valores arrecadados serão utilizados para manutenção do serviço de hospedagem, domínio, streaming e promoção.
Ficamos muito agradecidos por isso, não só o portal COBRANEGRA, mas toda a comunidade “Black”.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Fórum de Hip Hop do Interior Paulista - Edição Araraquara.

Ta chegando a 15º Edição do Fórum de Hip Hop do Interior Paulista
30 e 31 de Julho em Araraquara - SP


Vamos fortalecer!!!!!


Faça a sua Inscrição : http://www.fh2i.org/node/13
Quem tiver a fim de ir nessa caravana entre em contato o mais rápido possivel com:

PEDREIRASamuel Manara (Grilo)d.fuga@hotmail.com - (19) 91793471  /  979061CAMPINAS
Ike Banto - ikebanto@batemacumba.net
LIMEIRA
Liége - comunidadeabanja@hotmail.com   - (19) 81126414
Laert -laert.sales@terra.com.br - (19) 97640307RIO CLARO
Kizie - kizie.jaliba@hotmail.com - (19) 96284523 / 81511250
Carlos E. (Kadu) - terrorista-sp@hotmail.com - (19) 96867283

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Para gostar do verdadeiro funk

Resolvi agora montar outra “seleção de craques”, desta vez abordando o funk. Mas o “verdadeiro funk“, não o mar de porcarias perpetrado por ‘artistas’ (favor ler esta palavra com a máxima ironia e sarcasmo) do naipe de MC Créu, Mulher Melancia, Mulher Moranguinho, Tati-Quebra-Barraco e outros desclassificados.
Na verdade, o tal “funk carioca” - uma verdadeira profusão de músicas ridículas, com letras idem - erroneamente recebeu a denominação que, no passado, serviu para designar artistas e grupos geniais, quando na verdade não passa de uma variação grosseira do “Miami bass sound“, que fez a fama de grupos picaretas como o 2 Live Crew.
Selecionei onze discos para quem quer começar a tomar contato com o gênero, com um pequeno texto para dar uma “ilustrada” e uma sugestão de outro disco do mesmo artista, caso você tenha gostado do “prato principal”.
Ah, só um detalhe: muitos dos artistas abaixo mantiveram pés no funk e no soul. Por isso, optei por selecionar discos em que o funk predomina, o que justifica a presença de algumas coletâneas na lista, que concentram o melhor do que certos artistas fizeram dentro dessa seara musical…
Bem, vamos nessa:


JAMES BROWN - JB40: 40th Anniversary Collection
Confesso que fiquei meio relutante em indicar uma coletânea no caso de James Brown, mas dada a extensa - e bota “extensa” nisso! - discografia do homem que criou o funk e o soul(sim, o cara foi um gênio de tal magnitude que criou não apenas um, mas dois gêneros!!!), e por realmente desejar que você, que está lendo estas linhas neste exato momento, mergulhe fundo no universo sonoro de James Brown, decidi deixar meus pudores de lado. Neste CD duplo, você tem realmente aquilo que de melhor o “Padrinho” fez na carreira, desde funksde rachar o assoalho de qualquer residência da galáxia até lindas baladas soul, que provocariam lágrimas de esguicho (obrigado, Nelson Rodrigues!) nos mais sanguinários ditadores da história. Aqui não há destaques: todas as 40 faixas são essenciais!
Gostou? Ouça também The Payback.

FUNKADELIC - One Nation Under a Groove
Liderado pelo loucaço e genial George Clinton, este grupo foi uma das usinas mais incansáveis na arte de transformar o funk em uma forma de arte musical sem precedentes. Em One Nation… há uma nítida influência de Jimi Hendrix, o que fez com que a mistura de rock e funk propiciasse ao som do grupo um “molho” até então inédito, exemplificado em grau máximo nos mais de seis minutos do manifesto musical “Who Says a Funk Band Can’t Play Rock?!”. Além disso, as letras engajadamente políticas versam sobre três dos assuntos mais importantes na segunda metade dos anos 70: sexo, transformações sociais e novas linguagens musicais. Tudo embalado por linhas de contrabaixo insinuantes, guitarras suingadas e distorcidas, e bateria contagiante.
Gostou? Ouça também Maggot Brain.

SLY & FAMILY STONE - Fresh
Também tendo como líder outro malucaço - Sly Stone -, a banda sempre foi muito eficiente em celebrar o discurso libertário de suas letras por meio de uma maravilhosa união entre a doçura do soul com a urgência do funk. Apesar de ter lançado discos maravilhosos, foi em Fresh que o funk reinou soberano, deixando de lado os grooves mais lentos e investindo firme em levadas mais chacoalhantes. A grande sacada aqui foi o uso de harmonias e melodias quase inusitadas, muito distantes daquilo que tocava nas rádios na época - o maior exemplo disso está na ótima “If You Want Me to Stay”, regravada anos depois pelo Red Hot Chili Peppers no álbum Freaky Styley, não por acaso produzido por George Clinton.
Gostou? Ouça também There’s a Riot Goin’ On

KOOL & THE GANG - Wild and Peaceful
Eles começaram como um grupo de jazz na segunda metade dos anos 60, mas na virada dos anos 70 descambaram para o mais puro funk, descabeladamente dançante. As linhas de baixo de Robert “Kool” Bell traduziam em notas toda a sacanagem que poderia haver em uma dança de salão. Se você conseguir ouvir faixas como “Funky Stuff”, “Hollywood Singing” e, principalmente, “Jungle Boogie” sem sentir um comichão nas pernas e nos pés, pode procurar um legista para que ele assine o seu atestado de óbito. Você morreu e ainda não sabe…
Gostou? Ouça também Love & Understanding

EARTH, WIND & FIRE - Open Our Eyes
Logo no começo, antes mesmo de gravar seu primeiro LP em 1969, o grupo também flertava com uma forte veia jazzística, mas logo sacou que aquilo que faziam melhor eram cacetadas funky da melhor qualidade. Com arranjos elaborados e canções fascinantes em termos rítmicos, a banda liderada por Maurice White alternava momentos sacolejantes com belas baladas, mas era inegável que o suingue do grupo transcendia qualquer tipo de julgamento sob o ponto de vista comercial.
Gostou? Ouça também That’s the Way of the World.

THE JBs - Funky Good Time: the Anthology
Por causa da extensa obra da banda que acompanhava James Brown, esta compilação dupla faz o serviço de derreter as suas orelhas com uma das mais inacreditáveis seleções de funks mastodônticos de todos os tempos. Mas aqui o tratamento é “heavy“, com a turma do saxofonista Maceo Parker, do baixista Bootsy Collins e trombonista Fred Wesley elaborando temas instrumentais que parecem ter sido compostos por alienígenas negões e com cabelo black power. De quebra, uma exuberância rítmica que beira o sobrenatural.
Gostou? Ouça também Bring the Funk on Down.

CAMEO - The Best of Cameo
A verdade precisa ser dita: este grupo nunca gravou discos que pudessem ser considerados como “memoráveis”, mas em cada um deles havia três ou quatro pepitas funk que destoavam completamente do restante do material. Por isso, esta coletânea oferece um panorama dançante acima de qualquer suspeita, mesmo que você tenha certa prevenção contra aquela sonoridade eletronicamente pasteurizada que infestou a música pop nos anos 80. Passando longe da rusticidade sônica dos grupos da década anterior, o Cameo usou e abusou dos sintetizadores, mas obteve respeito dos mais ortodoxos funk soul brothers porque as canções contidas aqui tinham um apelo dançante irresistível. Não se assuste ao descobrir em faixas como “Word Up”, “Rigor Mortis” e “Flirt” a fonte da qual Prince copiou um monte de idéias, na cara dura…
Gostou? Ouça também The Best of Cameo Vol. 2.

OHIO PLAYERS - Funk on Fire: the Mercury Anthology
Assim como acontecia com o Cameo, o Ohio Players sempre teve em seus discos de estúdio uma mescla de baladas soul adocicadas com petardos turbinados de malemolência black. Só que, nesta compilação, você vai encontrar momentos sublimes de sacanagem rítmica (no sentido funky, claro!) como “Skin Tight” e as inacreditáveis “Fire” e “Love Rollercoaster”, também regravada décadas depois pelo Red Hot Chili Peppers.
Gostou? Ouça também Honey.

RICK JAMES - Street Songs
Além de ser um hit maker certeiro, o falecido Rick James ainda era um tremendo baixista. E foi justamente em seu instrumento que ele compôs algumas das mais sensacionais porradas dançantes da história do gênero. Sim, eu poderia aqui indicar mais uma coletânea, mas acho que você vai curtir mesmo é um disco “de carreira” (sem alusão ao fato de que James era viciadaço em cocaína, por favor!) que contenha as sensacionais “Give It to Me Baby”, “Ghetto Life” e, obviamente, “Super Freak”. Não se esqueça de, antes de botar este disco para tocar, arrastar os móveis da sala para ter um pouco mais de espaço para dançar…
Gostou? Ouça também Come Get It!

ZAPP - II
Liderado pelo também falecido Roger Troutman, este grupo foi um dos mais sampleados dentro da história do hip hop. E não era para menos, já que os grooves “entorta pescoços” presentes neste disco em especial - como “Dance Floor” e “Playin’ It Kinda’ Ruff” - eram dignos das experiências que George Clinton havia feito anos antes com o Funkadelic e o Parliament.
Gostou? Ouça Zapp III.

AVERAGE WHITE BANDAWB
O que você pensaria se eu lhe dissesse que uma das melhores bandas funk de todos os tempos era formada - com exceção do baterista Steve Ferrone - por escoceses branquelos? Não, eu não estou louco. O grupo não apenas construiu uma carreira bastante digna dentro do campo do som suingado, como também gravou um dos clássicos do gênero, que é justamente este disco. Se em “You Got It” os caras já traziam todas as harmonias vocais e as melodias grudentas que serviram de influência decisiva para que o Michael McDonald assumisse as rédeas musicais do Doobie Brothers, pequenas maravilhas como “Got the Love”, “Work to Do” e “Pick Up the Pieces” influenciaram inúmeras bandas com pegada mais jazzística, como o Tower of Power.
Gostou? Ouça Cut the Cake.

ZAAP and ROGER

 
Zapp (também conhecida como Zapp Band ou Zapp and Roger) foi uma banda americana de soul e funk, formada em 1978 pelos irmãos Roger Troutman, Larry Troutman, Lester Troutman, Tony Troutman e Terry "Zapp" Troutman.
Nos anos 80, a banda Zapp revolucionou a música com o uso do talk box em seus vocais, marca registrada da banda. O talk box era um sistema eletrônico acoplado a uma mangueira pelo qual o vocalista cantava. Esse recurso eletrônico alterava a voz que passava pelo teclado de Roger. Era o equipamento responsável por aquela voz distorcida, que fez a banda Zapp famosa mundialmente. Mas não foram eles que inventaram esse recurso. Na verdade, esse equipamento foi desenvolvido para ser um pedal para guitarras. O músico de rock Peter Frampton desenvolveu a técnica, colocando a mangueira na boca e falando através dela. O som ia até a talk box e depois para sua guitarra, que o transformava, produzindo algo até então inédito. A primeira música gravada por Frampton com esse recurso chamou-se Show Me The way.
Como a voz é o elemento principal para a mágica da talk box acontecer, ninguém consegue produzir um resultado final igual ao de outro músico. O som produzido é bem singular e carrega a marca registrada de quem o produziu.
Zapp tornou-se conhecida por hits como More Bounce to the Ounce, Dance Floor e Computer Love, e foram a inspiração para diversos grupos de G-funk e hip hop, especialmente em sua variante da costa oeste norte-americana, que utilizaram-se das batidas tradicionalmente marcadas com palmas que caracterizavam o estilo de funk da banda, e do uso notável feito por Roger de sua talk box.

 História

Os irmãos Roger, Lester, Larry, e Tony Troutman cresceram em Hamilton, no estado norte-americano de Ohio. Foram influenciados principalmente por bandas como Ohio Players e Parliament, entre outros. Tony foi o pioneiro a iniciar-se na vida artística. Com seus irmãos Roger nos vocais e violão, Lester na bateria, e Larry na percussão, ele montou o Zapp. O grupo contou ainda com os vocalistas Bobby Glover e Jannetta Boyce, tecladistas Greg Jackson e Sherman Fleetwood, e ainda com Eddie Barber, Jerome Derrickson e Mike Warren.
No final dos anos 70, Roger Troutman começou a fazer experiências com a talk box, conectando-o a um vocoder, e gravou várias canções nos discos de sua banda da época, chamada Human Body. As canções da Human Body já apresentavam os ingredientes que fariam sucesso posteriormente com o Zapp.
A banda estourou rapidamente e Bootsy Collins foi contratado para trabalhar com o grupo em seu primeiro álbum. Lançado em 1980, o álbum galgando rapidamente o Top 20 daquele ano. Roger trabalhou também com Funkadelic, de George Clinton, no disco The Electric Spanking of War Babies, e lançou seu primeiro álbum solo, The Many Facets of Roger. Seu primeiro grande hit I Heard It Through the Grapevine, também usando talk box no vocal, ganhou disco de ouro.
Zapp II, lançado em 1982, provou o sucesso do primeiro álbum do grupo. O grande hit deste álbum foi Dance Floor.
Zapp III, lançado em 1983, só alcançou os Top 40 na parada norte-americana, e o segundo álbum de solo de Roger, The Saga Continues, também foi uma decepção. Entretanto, a versão dele de Midnight Hour foi bem aceita.
O Zapp IV New U foi ligeiramente melhor em seu lançamento em 1985, graças a característica do grupo, talk box no vocal. Mas em 1987, o terceiro álbum solo de Roger, Unlimited!, ainda caracterizou o golpe maior do grupo: I Want to Be Your Man, que foi um estouro nas paradas R&B.
Embora os hits do Roger e do Zapp frequentassem constantemente as paradas de sucesso na década de 1980, a unidade do grupo foi rompida efetivamente em 1991, quando Roger lançou seu LP Bridging the Gap.
O álbum de 1993 Roger & Zapp: All the Greatest Hits vendeu bem, e o grupo ganhou seu primeiro disco de platina.
Roger continuou produzindo e cantando com outros artistas, e foi ele que fez a talk box de Dr. Dre & 2Pac, Top 10 em 1996 com o single California Love.
A história do Zapp terminou em tragédia no dia 25 de abril de 1999, quando Roger foi assassinado por Larry, que se suicidou em seguida.

 Discografia

  • Zapp (1980)
  • Zapp II (1982)
  • Zapp III (1983)
  • The New Zapp IV U (1985)
  • Zapp Vibe (1989)
  • Zapp & Roger: All The Greatest Hits (1993)
  • Roger & Zapp: Greatest Hits Vol. 2 & More (1996)
  • Zapp VI: Back by Popular Demand (2002)